quarta-feira, 28 de abril de 2010

9 coisas a ter em mente com meus filhos

Nunca perder a calma e a razão com eles, demonstrar sempre que estou no controle e sei o que estou fazendo. Rompantes de descontrole apenas causarão intimidação e insegurança, estimulando meus filhos a esconderem seus erros e sentimentos de mim.

Quando necessário, puní-los com justiça e sabedoria dignas de um pai, não como vingança ou capricho para reafirmar minha autoridade. Deixar sempre claro quais escolhas causaram quais conseqüências, o objetivo das punições será que aprendam com elas.

Não humilhá-los com agressões físicas ou verbais, muito menos palavras fortes e grosseiras, tampouco usá-las para seus amigos, namorados e amados. Isso só os tornará ansiosos por retribuir a humilhação, o que provavelmente farão, ao meu exemplo, com vítimas incapazes de se defenderem.

Agir consciente de que meu exemplo é fundamental para a formação da identidade e dos valores de outro ser humano. E como qualquer ser humano, ainda que capaz de errar, ensinar pelo exemplo como reconhecer, se desculpar, lidar com as conseqüências e reparar o erro.

Criar uma rotina saudável que, embora tenha espaço para tempo livre, fixe os horários das coisas importantes: a hora de acordar, a hora das refeições, a hora de dormir. A rotina cria uma responsabilidade e aumenta o rendimento de todos, quando meus filhos ficarem mais responsáveis poderão ter mais flexibilidade nela.

Ensinar o respeito e a importância sagrada do momento das refeições e do descanso. Evitar ao máximo resolver ou criar problemas durante esses momentos, mantendo o mínimo de harmonia necessária para uma família recuperar o ânimo cansado do dia-a-dia dos estudos ou do trabalho.

Tornar nosso lar, ou ao menos o quarto e o espaço dos meus filhos, um lugar onde eles se sintam confortáveis e seguros. A tranqüilidade e privacidade desse espaço não deve ser agredida, pois isso os tornaria arredios e incapazes de relaxar na própria casa ou em qualquer outro lugar.

Estimulá-los a adquirirem conhecimentos diferentes e convivência com pessoas diferentes, compreenderem que o mundo vive de diferenças e todos têm seu valor, encontrarem uma maneira madura de lidarem com as situações diversas, inesperadas e difíceis
desse mundo.

Que entendam, ainda que não hoje, os motivos e lições da criação que tiveram, e se orgulhem dela.

Esse texto é, obviamente, inspirado em casos pessoais. Originalmente ele seria "10 cosias", mas nove é um número melhor, é o cubo de três, e três é perfeito. Ou, um dos motivos não era bom o suficiente, acredite no que preferir. Dedico ao José e a Dora, os melhores pais que já conheci (infelizmente, não são os meus).

Em geral costumo escrever textos mais longos e em terceira pessoa, porém ultimamente tenho escrito textos menores e em primeira pessoa. Quem sabe, em breve, eu também aumente a freqüência dos posts. E também talvez alguma boa alma me ajude a alterar o layout (uma muito boa, porque nem eu sei direito como quero). Quanto à demora nos comentários, novamente desculpe, mas cedo ou tarde chega o dia da redenção e leio as idéias de vocês. E espero que tenham gostado do texto.